Sempre que penso sobre o ato de escrever, me lembro de um texto do Caio Fernando Abreu. O texto se chama “Carta ao Zézim” e é de uma intensidade pulsante. Na verdade, me lembro desse trecho:
“(…) Se não gostar de ler, como vai gostar de escrever? Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta (…)”
E o meu momento chegou: dia 11/11, às 20h, na Feira do Livro de Porto Alegre, vamos lançar os “Contos de Ababndono”. Um projeto organizado pela Ajuris, onde participo com um conto. Meu primeiro conto publicado fisicamente.
Frio na barriga.
Donaella Said:
on novembro 1, 2009 at 1:21 pm
Que maravilha, pensamentos em arte, poetizar idéias. Nós, leitores, é que saimos alimentados!
Boa sorte
Beijo